Não querendo discutir ideologias políticas começo por citar Francisco Sá Carneiro: “Quando tenho um minuto faço como o Mário Soares: vou ver galerias de pintura”.
E assim foi. Peguei na minha mulher, desloquei-me a uma “galeria”, cuja moldura paisagística não nos cansamos de apreciar, e sorvemos toda a arte exposta.
Licitei uma peça que estava à venda: Royal Palmeira loureiro 2015.
Foi isso que senti perante esta obra de arte, perdão, o vinho: uma pausa, um encontro de sensibilidades e a comunhão entre nós…
A arte tem sempre um conteúdo subjectivo – algo que atende nossas necessidades “abstratas” e que nos agrada – neste caso um vinho complexo e alguma persistência, delicado e fresco, com acidez e elegância, mineral, aromas cítricos, florais e frutados, e final longo.
Este vinho não foi feito para ficar num museu, levem para casa e apreciem.
Ricardo Soares